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DIA DO MUSEÓLOGO
Por Teniza Spinelli
Ex-Presidente do COFEM


A Museologia tem duas datas comemorativas anuais: 18 de dezembro, Dia do Museólogo, instituída no Brasil por Decreto Presidencial, em 2004 e, 18 de maio, Dia Internacional de Museus, estabelecida em 1977, pelo Conselho Internacional de Museus da UNESCO. Ambas as datas tem um grande significado social, não fora assim, não teriam as homenagens registradas em calendário. Nesta celebração de 18 de dezembro, lembramos os homens e mulheres que trabalham pela preservação e valorização do patrimônio integral, participando da transmissão de nossa herança e cultura.

Historicamente, a profissão de museólogo no Brasil foi criada por lei, em 1984 e, regulamentada por Decreto, em 1985. O órgão que legisla sobre o exercício profissional do museólogo é o Conselho Federal de Museologia. O Rio Grande do Sul, afinado com os demais estados brasileiros, empreendeu uma árdua caminhada para organizar o seu Conselho de classe. A gestão administrativa, visando manter a representatividade gaúcha na federação, o respeito à Lei e, os estudos e apoios à criação de cursos de graduação e pós-graduação em Museologia foram metas perseguidas pelo Conselho Regional de Museologia 3ª Região a partir do final da década de 1980. Os patamares hoje atingidos legitimam o esforço despendido pelos profissionais precursores. 

Empenhou-se também o Corem, ao longo dos anos, no pleito insistente e sempre renovado junto ao governo estadual e municípios, pela abertura de concursos para prover os quadros dos museus de mais profissionais qualificados, indispensáveis ao desenvolvimento cultural contemporâneo. Fora da esfera pública, o Corem identifica um recente campo laboral que se abre para contratação de museólogos e de consultorias, em franca expansão. 

Saudamos hoje os novos profissionais que ingressam no mercado de trabalho com sua capacitação técnica e inventiva, seus ideais e sonhos por renovação. Cientes das características humanistas da profissão, com ênfase na memória, eles saberão honrar a trajetória passada, atuando dentro dos princípios do Código de Ética que norteia a profissão. 

Esperamos que com a participação desses novos colegas, dando continuidade às propostas enunciadas e, na fiscalização permanente, possamos atingir todos os objetivos que almejamos por vocação e por paixão. 

A ampla inserção do profissional museólogo no mercado de trabalho continua a ser nossa meta. Acreditamos que os museus se afirmam pela qualidade de suas equipes. Pois são as mentalidades que criam e propulsionam os programas museológicos transformadores.
 

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